Saturday, August 18, 2007

O regresso das Cenas na Rua



Tavira abriu mais um festival Internacional de Teatro e Artes na Rua. Quinze dias cheiinhos de animação com programas para todos os gostos é o que a cidade do Gilão oferece ao seu público. Este ano a autarquia apostou em nove estreias que irão certamente surpreender o transeunte menos atento.
O recém-criado anfiteatro da Praça da República de Tavira foi pequeno para acolher o público que se juntou para admirar Niño Costrini, o artista argentino que desconcerta o público com o seu sentido de humor politicamente incorrecto. Saturados de um humor que se apoia no texto mais ou menos conseguido, na piada fácil, foi uma lufada de ar fresco ver Niño Costrini a roubar gelados aos transeuntes, a lançar o sapato de um espectador para o meio do público, a pedir por tudo para que os pais das crianças as agarrassem, pelo perigo do manuseamento do fogo, a interagir de forma saudável com o público. Excelente nos malabares, contundente no humor, Niño Costrini teve um desempenho excelente, provocando o riso espontâneo nos espectadores que assistiram à abertura do evento.
Dia 5, na Calçada da Galeria pôde-se assistir ao espectáculo O Pai do Gigante, pelo grupo ENTREtanto Teatro. Dia 6 foi a vez do Teatro Extremo actuar no Jardim do Coreto com o espectáculo Velho Palhaço Precisa-se. Sábado e Domingo, foi a vez do grupo sedeado em Tavira, Al-Masrah Teatro, apresentar a sua mais recente produção em estreia absoluta. Trata-se do espectáculo Carne para Cargueiro, baseado numa história verídica e que continua a mexer com o público.
O Teatro das Beiras surgiu na Praça da República dia 9 com o espectáculo de rua Os Piratas, ao que se lhe seguiu o grupo Alatak, que levou a Tavira um espectáculo baseado nas técnicas de vídeo jamming. Dia 11, com honras de fecho será a vez do espectáculo O Empresário, co-produzido pela ACTA e pela orquestra do Algarve ter a sua apresentação na Praça da República.
Herdeira de Faro Capital da Cultura, esta iniciativa permite olhar a cidade de Tavira de uma forma mais cosmopolita, assumindo-se como uma verdadeira cidade europeia.

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